Ricardo Araújo Pereira: “É um sinal de saúde que uma sociedade se possa rir dos seus dirigentes”
14-01-2017 - 02:12

No programa Ensaio Geral da Renascença, o humorista defende que “fazer rir é uma ambição mais alta do que fazer pensar”.

Ricardo Araújo Pereira (RAP) considera que “é um sinal de saúde que uma sociedade se possa rir dos seus dirigentes”.

O humorista e o historiador Rui Tavares foram um dos convidados do programa Ensaio Geral da Renascença, gravado ao vivo numa parceria entre a Livraria Ferin, a Renascença e a Booktailors.

Numa altura em que está a lançar o livro “A doença, o sofrimento e a morte entram num bar”, em que analisa o humor, Ricardo Araújo Pereira defende que “fazer rir é uma ambição mais alta do que fazer pensar”.

“A ideia de fazer rir as pessoas seduz-me, aparentemente, mais do que à generalidade das pessoas que eu conheço. Para mim, uma piada é uma coisa importante. O facto de fazer rir os outros é, acho eu, uma ambição mais alta do que fazê-los pensar, porque eu espero que eles já estejam a pensar. Não concebo o público como um conjunto de vegetais”, afirma o fundador do colectivo Gato Fedorento.

Para Ricardo Araújo Pereira, “é um sinal de saúde de uma sociedade que possa rir-se dos seus dirigentes”.

“Acho que isso é bom. Essa relação de jogo que o humor tem com as coisas, com o mundo, parece-me que é saudável porque olha o mundo de uma maneira que ele não quer ser olhado. Opor duas coisas muito diferentes, na comédia é uma coisa que é bem-vinda”, sublinha o humorista.