"Não tem falhado nada" nas operações de resgate em Borba
22-11-2018 - 21:15

"O que é difícil é realmente o 'teatro de operações' que nós temos, o local", afirma o comandante operacional.

O comandante distrital de Operações de Socorro (CODIS) de Évora, José Ribeiro, afirma que "não tem falhado nada" nas operações de resgate nas pedreiras em Borba, argumentando ser "difícil" o 'teatro de operações'.

"Eu acho que não tem falhado nada, o que é difícil é realmente o 'teatro de operações' que nós temos, o local", declarou o comandante operacional, quando questionado pelos jornalistas sobre a alegada falta de resultados ao fim de quatro dias de trabalhos.

O responsável insistiu, tal como tem vindo a dizer desde o acidente, que é necessário estar preparado "para que esta operação leve o seu tempo", pois trata-se de "um local onde ocorreu uma derrocada muito significativa de massa, de terra e de pedras, com blocos de grandes dimensões e que são muito difíceis de remover".

"Tudo isso acrescenta dificuldade, ao mesmo tempo em que estamos a trabalhar a uma profundidade muito significativa e em que corremos permanentemente o risco de uma nova derrocada. Portanto, todas as manobras têm de ser calculadas porque todas as remoções de pedras, todos os trabalhos lá em baixo, podem ter repercussão depois em novos desmoronamentos", acrescentou, ao fazer o ponto de situação, ao início da noite, sobre as operações em curso em Borba.

O deslizamento de um grande volume de terras e o colapso de um troço da estrada entre Borba e Vila Viçosa, no distrito de Évora, para o interior de poços de pedreira ocorreu na segunda-feira às 15h45.

Segundo as autoridades, o colapso de um troço de cerca de 100 metros da estrada terá arrastado para dentro da pedreira contígua, com cerca de 50 metros de profundidade, uma retroescavadora e duas viaturas civis, um automóvel e uma carrinha de caixa aberta.

Na terça-feira à tarde foi retirado o corpo de um dos dois mortos confirmados, havendo ainda três pessoas dadas como desaparecidas.