Vinte e uma pessoas morreram em 24 horas numa cidade do centro do Marrocos, devido a uma nova onda de calor que atingiu o país, que atravessa o seu sexto ano consecutivo de seca, declarou esta quinta-feira o Ministério da Saúde marroquino.
A Direção-Geral de Meteorologia (DGM) de Marrocos anunciou uma forte onda de calor entre segunda-feira e quarta-feira em várias localidades, com temperaturas a atingir os 48°Celsius, nomeadamente em Beni Mellal, no centro de Marrocos.
“A maioria das mortes ocorreram entre pessoas que sofriam de doenças crónicas e idosos, e as altas temperaturas contribuíram para a deterioração do seu estado de saúde, levando à sua morte”, afirmou a Direção Regional de Saúde marroquina num comunicado.
Marrocos registou recordes de calor neste inverno, com o mês de janeiro mais quente registado desde 1940 (quase 37°C em alguns locais), de acordo com a DGM.
O aumento das temperaturas ameaça o setor agrícola, essencial à economia nacional, e as reservas de água nas barragens. A evaporação da água atingiu “um milhão e meio de metros cúbicos por dia”, disse o ministro da Água marroquino, Nizar Baraka, no final de junho.
O recorde nacional de temperatura máxima foi registado em agosto de 2023, em Agadir (sul) com 50,4° Celsius.
As alterações climáticas estão a provocar fenómenos meteorológicos extremos mais longos, mais fortes e mais frequentes, como as ondas de calor e as inundações.