Ataque a Alcochete. Bruno de Carvalho acusa William de mentir
28-02-2020 - 17:48
 • Renascença

O ex-presidente do Sporting fala das noitadas do médio, de uma ameaça de morte e garante que nunca pediu à Juventude Leonina para partir as janelas dos carros dos jogadores.

Bruno de Carvalho garante que nunca deu instruções a Nuno Mendes, conhecido por Mustafá, líder da Juventude Leonina, para fazer mal aos jogadores do clube ou aos seus carros. O ex-presidente do Sporting acusou William Carvalho, esta sexta-feira, de mentir sobre isso.

"Absolutamente nada, nada. O William Carvalho é useiro e vezeiro a mentir. Até veio aqui dizer uma coisa simpática, que não havia questão nenhuma com o presidente. Esqueceu-se de contar que o pai dele, na SAD, ameaçou de morte o Guilherme Pinheiro, administrador da SAD. A ele e a mim. Por causa de uma proposta que não existia. Foi por isso que nos ameaçou de morte", acusou Bruno de Carvalho, ouvido no Tribunal do Monsanto, no âmbito do julgamento do ataque a Alcochete.

Em declarações ao tribunal, a 31 de janeiro, William Carvalho recordou que Mustafá lhe revelara que Bruno de Carvalho teria pedido à claque para partir os vidros dos carros dos jogadores. Acusação desmentida pelo ex-presidente do Sporting numa reunião e esta sexta-feira.

"Quando William se metia em problemas, a quem ligava?"


O arguido sublinhou, nestas declarações, que, a haver conluio entre alguém no Sporting e a Juventude Leonina, esse alguém seria William.

"Havia jogadores, como William Carvalho, que, quando saíam à noite e se metiam em problemas, a quem é que eles ligavam? A elementos da Juve Leo. Só quero enquadrar as coisas. Há um elemento ali atrás [presente na assistência do tribunal] que antes dos jogos cumprimentava o William com dois beijos", contou Bruno de Carvalho.

O ex-presidente do Sporting continuou a acusar o médio do Bétis de Sevilha de mentir. Um dos exemplos que deu foi do próprio dia 15 de maio de 2018, logo após o ataque à Academia do Sporting:

"Quando chego à Academia, naquele dia, tenho a sorte de a primeira pessoa que me aparece é o William, a dizer: 'você não acha que não sabemos que foi você?'. Mas não há imagens disto, é a palavra de um contra o outro. Ele disse aqui que não conhecia arguidos, mas, depois, andou a telefonar-lhes. Está na natureza dele mentir."

(em atualização)