Cidadão Passos admite contribuir para ajudar lesados do BES
12-09-2015 - 16:07

“Ninguém pode ser impedido de ver fazer justiça em tribunal por falta de recursos financeiros”, afirma primeiro-ministro no arranque da pré-campanha para as legislativas.

O primeiro-ministro e líder do PSD, Pedro Passos Coelho, reafirma a disponibilidade para ajudar os lesados do BES a levar a tribunal “aqueles que os enganaram”.

A intenção tinha sido manifestada numa atribulada acção de campanha, este sábado de manhã, num mercado em Braga, e foi reforçada horas depois.

O primeiro-ministro reitera a sua disponibilidade para participar numa "subscrição pública" que cubra os custos do recurso aos tribunais por parte dos lesados do papel comercial.

“Ninguém pode ser impedido de ver fazer justiça em tribunal por falta de recursos financeiros. Mas, se porventura, existir dificuldade em organizar essa defesa, eu tenho a certeza de que o país não deixará, de uma forma solidária, de providenciar o necessário para que essa defesa se possa fazer”, disse Passos Coelho, em declarações à RTP.

Questionado se está disposto a lançar uma subscrição pública, respondeu: “Eu disse que seria o primeiro subscritor e contribuinte a título individual, não é como primeiro-ministro é como cidadão, para poder ajudar pessoas que se encontram em grandes dificuldades a ir a tribunal demandar aqueles que os enganaram”.

Na acção de campanha da manhã, houve momentos de grande tensão à entrada do mercado municipal de Braga, incluindo duas tentativas de agressão, travadas pela segurança pessoal de Passos Coelho.

O incidente fica a marcar, até ao momento, as acções de pré-campanha para as eleições legislativas de 4 de Outubro.

A caravana da coligação PSD/CDS seguiu depois para Barcelos, onde Passos Coelho acusou o PS de não ter negociado a reforma da Segurança Social por medo das eleições e de querer fazer "experiências perigosas" ao ir buscar dinheiro aquele sistema para estimular o consumo.

Num almoço para assinalar o primeiro dia de pré-campanha, questionou o PS sobre se "não aprendeu nada" com o passado e reafirmou a necessidade de reformar a Segurança Social para que as pensões atuais e futuras sejam pagas sem que o pais tenha que pedir "mais um resgate".