Segunda-feira, 06 de julho de 2020



Fui sempre à Missa em família.
E havia sempre aquele Domingo do ano em que saímos da Igreja, numa saudável troca de argumentos, porque as leituras do dia incluíam as célebres frases da Carta aos Efésios.
À saída da Igreja, o meu pai recordava-me as palavras de São Paulo.
“Filhos obedecei aos vossos pais…”
E eu imediatamente respondia… “mas não te esqueças que logo a seguir está escrito: “Pais não exaspereis os vossos filhos…”
Era quase uma brincadeira, mas mais do que isso era a catequese feita vida, vida vivida e rezada em família.
Mas, mais difícil é quando temos de refletir, mais tarde, sobre as frases do Eclesiastes:
“Filho, ampara o teu pai na velhice, não o desgostes durante a sua vida, não o desprezes”.
Esta é a parte verdadeiramente importante… perceber que temos de cuidar quem deu a vida a cuidar de nós.
Neste tempo em que até uma doença, mais ou menos desconhecida, atinge sobretudo quem já viveu mais… amparar os que são mais velhos, com paciência e amor torna-se imperativo. Torna-se uma forma de viver a fé, que é feita de pensamentos, palavras e sobretudo gestos.