Luís Zambujo, que foi companheiro de Bruno Tabata no Portimonense, não estranharia vê-lo como sucessor de João Mário no Sporting.
Em entrevista a Bola Branca, o agora jogador do Louletano revela que, quando conheceu Bruno Tabata, o internacional olímpico brasileiro jogava numa posição mais central, algo para que já parecia talhado.
"O Bruno Tabata é de passada larga, mas não é um extremo de explosão, não é muito rápido. E tem uma inteligência muito grande. Sabe temporizar o jogo, tem um último passe muito forte, a isolar os 'pontas' [de lança] ou [os jogadores] da frente. Se o Rúben Amorim o moldar para uma posição mais central, que no ano passado era do João Mário, teremos jogador para toda a gente ver que ele é craque e ainda mais craque do que as pessoas já viram", argumenta o defesa e extremo.
Olho de treinador e toque de craque
Na opinião de Luís Zambujo, esta deslocação de Tabata para o corredor central "tem olho do míster" Rúben Amorim, que tem feito "um trabalho extraordinário com vários jogadores", nomeadamente Pedro Gonçalves, "que fez uma época fantástica", Daniel Bragança e Tiago Tomás:
"Eu joguei com o Rúben Amorim no Benfica nas camadas jovens e também sou amigo dele, e estou muito contente com o sucesso dele. Acho que ele vai moldar também o Tabata à posição que ele mais acha correta. Esta posição em que ele está a colocar o Bruno é fantástica para ele."
Bruno Tabata ganha espaço e influência no meio-campo do Sporting. Luís Zambujo revela que desde cedo percebeu que o brasileiro iria longe.
"Quando 'recebi' o Bruno Tabata em Portimão, com 17, 18 anos, até comentava com os colegas mais velhos que se via que o miúdo tinha toque de bola. Tinha alguma coisa para crescer, normal num miúdo de 18 anos, mas ia ser craque e, mais cedo ou mais tarde, ia chegar à I Liga e, consequentemente, a um clube grande, com toda a justiça", conta.