PSD vai apoiar audição da secretária-geral do SIRP no Parlamento
04-05-2022 - 21:56
 • João Malheiro

Ricardo Batista Leite diz que está em jogo "um interesse de segurança nacional". O SIRP, organismo público na dependência direta do primeiro-ministro, foi informado do caso dos refugiados ucranianos, por carta, há um mês

O deputado do PSD, Ricardo Batista Leite, afirma que o partido "apoiará, naturalmente" a audição da secretária.geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), Graça Mira Gomes.

À Renascença, Ricardo Batista Leite diz que está em jogo "um interesse de segurança nacional" e que, portanto, apoia a posição tomada pela Iniciativa Liberal (IL).

No entanto, o deputado social-democrata recusou fazer uma avaliação antes de se ouvir todas as partes, incluindo o primeiro-ministro, António Costa.

Já esta tarde, a IL confirmou à Renascença que ia avançar com o pedido de audição de Graça Mira Gomes.

"Gostaríamos de questionar o senhor primeiro-ministro sobre este tema, mas o primeiro-ministro não vem às comissões parlamentares no âmbito do Orçamento do Estado das tutelas que tem. Por isso, nós temos que ir ao serviço diretamente pelo primeiro-ministro, que é o SIRP, que foi quem recebeu esta carta”, referiu o deputado da IL, Rodrigo Saraiva.

Rodrigo Saraiva vai perguntar o que fizeram os Serviços de Informações depois de “terem recebido esta carta, este apelo de ajuda e as denúncias da Associação de Ucranianos em Portugal”.

Nestas declarações à Renascença, o líder parlamentar da IL lamenta que “não tenha existido da parte de responsáveis nacionais e locais o mero bom senso de não colocarem pessoas de origem russa a receber pessoas de origem ucraniana - por mais sérias e honestas que sejam essas pessoas”.

O Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), organismo público na dependência direta do primeiro-ministro, foi informado do caso dos refugiados ucranianos, por carta, há um mês (consulte o documento em PDF).

A informação foi avançada à Renascença pelo presidente da Associação de Ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha.

O email a denunciar que refugiados estavam a ser recebidos por associações pró-Rússia foi enviado a 2 de abril e não obteve resposta, até agora.