Consummatum est
16-07-2021 - 06:32

Os próximos tempos vão ser, para alguns sectores do clube da águia, espaço para ajuste de contas.

Com a demissão de Luis Filipe Vieira dos cargos que exercia no Benfica, Presidente da Direcção e da Benfica Sad, fechou-se um longo capítulo de mais de dezasseis anos da vida da maior instituição desportiva portuguesa, quiçá uma das mais importantes do mundo.

Dizemos propositadamente um longo capítulo, por entendermos que outros poderão seguir-se, naturalmente com outros conteúdos e formas, porque a história não terminou ontem com a carta enviada ao Presidente da Assembleia Geral do Clube pelo demissionário titular do cargo de Presidente da Direcção.

Para já, uma certeza: tanto Rui Costa como seus pares adquiriram toda a legitimidade para preencher a vacatura que esteve em vigor durante quase uma semana, até que novas eleições determinem qual o futuro que o universo benfiquista pretende seguir.

Há, no entanto, quem argumente com outras versões como, por exemplo, a renúncia de todos os sobrantes da direcção de Vieira, ficando estes em gestão até à realização desse pleito que não deverá ter lugar antes dos meses finais do ano em curso.

Claro que os próximos tempos vão ser, para alguns sectores do clube da águia, espaço para ajuste de contas. Numa colectividade com seis milhões de prosélitos não se pode pretender que haja permanente unanimidade, e por isso, dizíamos acima que esta história não chegou ao fim.

O que parece mais provável é que a direcção de Vieira, sem Vieira, não vai ter vida fácil nos próximos tempos, também porque poderá albergar cumplicidades encapotadas, que se têm mantido a bom recato há muitos meses e até anos, mas que podem vir a ser chamadas às primeiras páginas.

Grande nau, grande tormenta!...