​Jaime Gama critica partidos que “passam certidões de óbito à Europa”
31-08-2016 - 00:32

Socialista foi à Universidade do PSD apelar a que se mantenha uma articulação entre os partidos que querem manter uma via europeia para o país.

O socialista Jaime Gama foi à Universidade de Verão do PSD criticar os partidos que “passam certidões de óbito” à União Europeia, numa critica implícita a PCP e Bloco de Esquerda.

Convidado para o jantar conferência desta terça-feira à noite, em Castelo de Vide, o ex-presidente da Assembleia da República apelou a que se mantenha uma articulação entre os partidos que querem manter uma via europeia para o país.

Jaime Gama deu uma aula sobre os cenários do pós-Brexit e lançou uma farpa aos que em Portugal se mantêm cépticos sobre o destino a União Europeia.

“Eu estou certo e seguro que em Portugal se manterá e deverá manter por muitos anos a articulação fundamental entre todos aqueles que responsavelmente querem manter uma via europeia para o país, querem prosseguir uma afirmação na Europa, com ideias sobre a Europa e não com recriminações oportunisticamente fáceis sobre as dificuldades da Europa, que têm convicções sobre a Europa e que querem elevar o nosso país a protagonista de soluções para as dificuldades da Europa.”

Jaime Gama dirigiu um recado implícito de Gama ao Bloco de Esquerda e PCP e óbvias palavras de conforto ao PSD, PS e CDS.

“Eu espero que no meu país todos aqueles que, transversalmente no espectro político, põe acima da sua intervenção no quotidiano o interesse estratégico da Europa, reforçam a convicção europeia, não passam certidões de óbito à União Europeia, são aqueles que estão no bom caminho”, sublinhou.

Jaime Gama considera que não haverá políticas responsáveis em Portugal que não passem por compatibilizar políticas nacionais com as políticas da União Europeia.

Nesta intervenção na Universidade de Verão do PSD, Jaime Gama, que chegou a ser apontado como possível candidato a Presidente da República, garantiu que fechou a porta da política activa.

“A minha vida política está encerrada, foi encerrada em 2011. Aí estão as contas todas saldadas”, asseverou o histórico socialista.