Premier League cria medidas e sanções para impedir nova Superliga Europeia
03-05-2021 - 17:38
 • Lusa

Campeonato vai obrigar os 20 clubes a assinar um documento de “compromisso total” com a competição e em que qualquer tipo de desrespeito pelas novas regras implicará “altas sanções” desportivas e financeiras.

A Liga inglesa de futebol vai impor uma nova série de medidas destinadas a impedir a criação de uma nova Superliga europeia, cujo incumprimento implicará sanções, anunciaram hoje os organizadores da competição.

A 'Premier League' vai obrigar os 20 clubes a assinar um documento de “compromisso total” com a competição e em que qualquer tipo de desrespeito pelas novas regras implicará “altas sanções” desportivas e financeiras.

“Os acontecimentos das últimas duas semanas colocaram o futebol inglês em cheque, por isso, a 'Premier League' preparou uma série de medidas para garantir os princípios do futebol profissional, como a progressão pelo mérito desportivo e integridade desportiva. Estas medidas foram concebidas para impedir a ameaça de competições perturbadoras no futuro”, lê-se num comunicado do organismo.

Manchester City, Manchester United, Liverpool, Chelsea, Tottenham Hostpur e Arsenal foram os emblemas que tomaram parte do projeto da Superliga europeia, que, entretanto, foi adiado e perdeu força.

O projeto foi liderado pelo presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, e juntava 12 dos principais clubes de Inglaterra, Espanha e Itália, tendo em vista a criação de uma competição anual com 20 equipas, na véspera de a UEFA revelar o formato competitivo da Liga dos Campeões, a partir de 2024/25.

Esta anúncio da 'Premier League' acontece um dia depois do encontro Manchester United-Liverpool ter sido adiado por causa de protestos dos adeptos dos ‘red devils’, que chegaram mesmo a invadir o relvado de Old Trafford.

“Essas ações não têm justificação e serão investigadas pela 'Premier League', pela federação inglesa e pela polícia”, lê-se no mesmo comunicado.

Os adeptos do Manchester United pediram igualmente a saída da família norte-americana Glazer, que é proprietária do clube desde 2005.