A presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) explica que as "dificuldades económicas e a falta de alojamento" são as principais razões para os números do abandono escolar nos institutos politécnicos.
Em entrevista à Renascença, Maria José Fernandes mostra-se preocupada, sobretudo, com o que diz ser o abandono informal.
"No caso do abandono formal as instituições de ensino superior conseguem atuar, porque o aluno entrega um requerimento em que diz que vai desistir e, naturalmente, que já temos projetos próprios para, automaticamente, atuar nestes casos. A questão que mais preocupa as instituições é o abandono informal, sou seja, aquele aluno que deixa de aparecer e não comunica", explica.
Maria José Fernandes garante que as instituições estão a desenvolver "estratégias de combate ao abandono escolar, que é sempre um dos maiores flagelos nos alunos que ingressam no ensino superior".
Entre as medidas estão "programas, projetos, mentorias, reforço nos gabinetes de psicologia e acompanhamento aos estudantes", revela a presidente do CCISP.
Segundo o Portal Infocursos, houve um aumento do abandono escolar no ensino superior, uma contribuíram que se verificou sobretudo os politécnicos, onde a taxa de abandono após o primeiro ano passou de 13,26% para 13,88%.
Ainda assim, a lista com maior abandono é liderada pelas instituições privadas. O curso com maior taxa de abandono é o de Osteopatia, da Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa.
Os dados do portal mostram ainda que 45 cursos têm taxa de desemprego zero, entre os quais a formação em Enfermagem, e indicam ainda um aumento do número de alunos estrangeiros.