A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) anunciou na tarde desta segunda-feira a alteração de algumas medidas de prudência na celebração das missas para assim conter a propagação do novo coronavírus. Isto no dia em que Portugal registou os dois primeiros casos da epidemia que teve epicentro na cidade chinesa de Wuhan,
Em comunicado a CEP explica que tal como aconteceu em situações semelhantes, e em sintonia com outras conferências episcopais e dioceses, para evitar situações de risco, recomenda algumas medidas de prudência nas celebrações e espaços litúrgicos.
Aquele organismo dá alguns exemplos que devem passar a ser norma, tais como a comunhão na mão, a comunhão por intinção dos sacerdotes concelebrantes (ato de levar a hóstia consagrada ao vinho, como muitas vezes fazem os padres antes de distribuírem entre eles a comunhão, ou como é hábito nalgumas igrejas), a omissão do gesto da paz e o não uso da água nas pias de água benta.
A CEP justifica as medidas com a situação que estamos a viver em todo o mundo, motivada pelo coronavírus COVID-19. Na mesma missiva, pede ainda a todos que mantenham a serenidade e que haja o incremento da prevenção nos cuidados de higiene.
“Nesse sentido, convidamos a seguir estritamente as indicações e normas da Direção Geral de Saúde”, lê-se no mesmo documento da CEP enviado às redações.
Estas medidas surgem no dia em que Portugal registou os primeiros casos positivos de coronavírus em território nacional
Trata-se de dois homens, ambos estão em estado considerado estável, de acordo com as informações prestadas pela ministra Marta Temido.
Um dos casos confirmados é um homem de 60 anos, médico, que esteve em Itália a gozar um período de férias. Está internado no Hospital de Santo António, no Porto. Foi hospitalizado no domingo e apresenta sintomas desde sábado.
O outro caso é um homem de 33 anos que esteve em Valência, Espanha, e está internado no Hospital de São João, também no Porto. Foi também internado no domingo, mas apresenta sintomas desde 26 de fevereiro.