Paulo Rangel vai liderar a lista da direção nacional de Rui Rio candidata ao Conselho Nacional do partido, apurou a Renascença.
“Estou convicto de que vamos ser governo a breve prazo”, afirmou o eurodeputado Paulo Rangel no seu discurso ao 38.º Congresso do PSD, que decorre este fim-de-semana em Viana do Castelo.
“Vamos ver Rui Rio mais cedo do que tarde primeiro-ministro de Portugal”, tinha começado por afirmar Rangel, num discurso ouvido com grande atenção no Congresso e muito aplaudido.
O primeiro aplauso a Rangel foi, contudo, um aplauso para Zeca Mendonça, o histórico assessor de imprensa do PSD que faleceu no ano passado e que o eurodeputado quis evocar.
Rangel quis deixar claro que Rui Rio pode contar consigo para o que for preciso. E também quis vincular Luis Montenegro e Miguel Pinto Luz, os candidatos derrotados nas diretas de janeiro, à mobilização que o PSD precisa para regressar ao poder rapidamente.
Paulo Rangel considera que esse momento pode chegar mais depressa que o fim da legislatura. Recorrendo à fábula de "Pedro e o Lobo", Rangel considera que o Governo tanto há-de ameaçar que se demite sem se demitir que um dia haverá de ter medo de ameaçar.
Rangel atacou as diferenças de critério na avaliação de atitudes do PS e do PSD. “Se houvesse um ministro da agricultura do PSD que tivesse feito as declarações que fez a ministra da Agricultura, seria obrigado a demitir-se”, disse o eurodeputado a propósito das declarações da ministra que considerou que a epidemia de coronavírus pode ser positiva para a economia portuguesa.
“O que teria sido sido de um Governo do PSD se tivéssemos nomeado uma procuradora-geral da República que está a tentar silenciar” os magistrados?, questionou, ainda, o eurodeputado, que terminou o seu discurso a defender o referendo à eutanásia, como já tinha feito emdeclações à entrada para o congresso.