Passam 20 anos da medalha de prata de Sérgio Paulinho, conquistada em Atenas 2004. É, de longe, o melhor resultado olímpico de Portugal no ciclismo. Este ano, Nos Jogos Olímpicos de Paris, a esperança renova-se, no ciclismo de estrada, mas especialmente na pista, onde até há um (Iuri Leitão) candidato a medalha.
Nélson Oliveira, que foi o responsável pela vaga no contrarrelógio, avança para os seus quartos Jogos Olímpicos depois de Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020.
Aos 35 anos, um lugar nos 10 primeiros no contrarrelógio é o objetivo, mas repetir o diploma olímpico do Rio era o ideal.
A prova, que parte e chega na esplanada Les Invalides, é plana e terá 32,4 quilómetros.
O outro ciclista escolhido para a prova de estrada é o veterano Rui Costa. Aos 37 anos, o atleta está de volta aos Jogos Olímpicos depois de 2012 e 2016.
Depois de ter sido campeão do Mundo de estrada em 2013, Rui Costa gostaria de carimbar a carreira com uma medalha olímpica.
O que o ciclista da EF vai dizendo, para já, é que quer “chegar com os melhores e disputar a prova”.
De fora ficaram, entre outros, João Almeida – quarto classificado no Tour – ou o jovem António Morgado.
O selecionador José Poeira justificou-se: "Foi das decisões mais difíceis que tive de tomar ao longo destes anos. Temos demasiada qualidade para tão poucas vagas olímpicas. Escolhi dois corredores, com base nas suas características e adaptação aos percursos das provas, mas qualquer um dos pré-convocados daria garantias de uma representação digna, de qualidade e ambiciosa de Portugal. Com as escolhas que agora anunciámos, temos a ambição de lutar pelo diploma olímpico no contrarrelógio e de trabalhar em equipa para nos batermos pelas melhores posições na prova de fundo", citado na newsletter da FPC.
Na prova masculina vão ser uns longuíssimos 273 quilómetros, Destaque para alguns momentos em empedrado e uma subida em Montmartre.
Já na prova feminina, as ciclistas vão percorrer 158 quilómetros.
Para a prova em linha, Portugal volta a marcar presença, 28 anos depois de Ana Barros, e vai apresentar Daniela Campos.
A ciclista algarvia, de 22 anos, que já foi campeã da Europa de eliminação, na pista, e medalha de prata nos jogos do Mediterrâneo em 2022, quer “fazer o melhor possível” em Paris.
Para a pista, o destaque vai para Iuri Leitão. Estreia-se em Jogos Olímpicos, mas é campeão do mundo de omnium em 2023 e tricampeão europeu de scratch.
Aos 26 anos, aí está uma das fortes esperanças de Portugal para uma medalha olímpica. No entanto, o homem da Caja Rural retira a pressão. O objetivo é “desfrutar da experiência olímpica”.
Companheiro de muitas batalhas na pista de Iuri Leitão é Rui Oliveira, que também vai fazer a sua estreia olímpica na prova de Madison.
Depois de ter sido campeão da Europa de elite em pista, Rui Oliveira espera conseguir, pelo menos, um diploma olímpico (até ao oitavo lugar final).
Já em femininos, Maria Martins repete a presença de Tóquio 2020. Há três anos fechou num muito honroso sétimo lugar.
Outra repetente é Raquel Queirós, que foi 27.ª em Tóquio na prova de BTT, cross country olímpico.
Agora, em 2024, a proposta da ciclista da BH Coloma Team é ficar dentro do top 20 final.
As provas de ciclismo nos Jogos Olímpicos vão decorrer entre 27 de julho (contrarrelógio de estrada) e 11 de agosto (Maria Martins).