Maioria dos portugueses sente-se segura e sem medo de assaltos
17-01-2018 - 06:30
 • Celso Paiva Sol

São conclusões do barómetro de percepção da insegurança elaborado pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, que será divulgado esta quarta-feira.

Seguros e sem grandes receios de serem assaltados, agredidos ou insultados. É assim que os portugueses respondem quando questionados sobre o sentimento que têm em relação à criminalidade, revela o segundo barómetro de percepção da insegurança elaborado pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), que será divulgado esta quarta-feira.

À procura da percepção que cada um tem da criminalidade, aos inquiridos foram colocadas perguntas específicas sobre o sentimento de segurança na respectiva zona de residência, em relação aos seus bens e à sua própria pessoa, e ainda sobre a experiência pessoal concreta no ultimo ano.

Em qualquer um dos casos, as respostas revelam níveis satisfatórios de segurança.

Um total de 90% das pessoas consideram a sua zona residencial segura e não perigosa, sendo que os outros 10% queixam-se sobretudo da noite.

Setenta e sete por cento dizem não ter receio de serem assaltados ou agredidos, enquanto a preocupação dos restantes está essencialmente em zonas desconhecidas e durante a noite.

No mesmo registo de confiança, 90% dos inquiridos dizem não recear ser alvo de insultos, ameaças ou agressões dentro da própria casa.



Os números são, no entanto, mais equilibrados quando o assunto são os assaltos e furtos em residências e viaturas.

Entre os inquiridos, 64% não temem que a sua casa seja assaltada e 54% não receiam furtos ou danos nos veículos.

Já em relação à experiência concreta de cada um nos últimos 12 meses, a esmagadora maioria dos inquiridos (94%) dizem que não foram assaltados, agredidos ou vítima de qualquer outro crime. Oito em cada dez pessoas afirmam não conhecer ninguém que tenha passado por essas situações.

Melhorias face a 2012

Este barómetro de percepção da criminalidade e insegurança é o segundo que a Associação Portuguesa de Apoio à Vitima realiza em colaboração com a Intercampus.

O primeiro foi há cinco anos, exactamente com as mesmas perguntas, e na comparação de resultados também se encontram melhorias significativas.

Em quase todos os capítulos, os receios registados em 2017 foram percentualmente metade dos que tinham sido registados em 2012.

O universo deste barómetro da APAV e da Intercampus são os indivíduos com 15 ou mais anos, de ambos os sexos, residentes em Portugal Continental. Foram entrevistadas 600 pessoas, distribuídas por cinco regiões do país: Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve.