Associação lamenta que não haja plano de vacinação para reclusos
24-12-2020 - 16:48
 • Lusa

Em Portugal os presos e todos os que trabalham nas cadeias são considerados “cidadãos de segunda”, diz a Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso.

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A Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso (APAR) lamenta que não exista um plano de vacinação para os presos, considerando que isso significa que estes ainda são vistos como “cidadãos de segunda” em Portugal.

“Ao contrário da maioria dos países Europeus, onde as prisões, tal como os lares, estão no primeiro grupo para as vacinas da Covid-19, em Portugal não há qualquer informação sobre este assunto”, diz a APAR num comunicado enviado para a Renascença.

“Mesmo nos Estados Unidos - onde o tratamento dado aos detidos tem como única finalidade a punição severa, esquecendo, na maioria das vezes, os Direitos Humanos - os presos estão no segundo grupo de vacinação.”

A APAR justifica a sua preocupação com as “estatísticas apontam para uma maior prevalência da pandemia na comunidade prisional” e pede à Direção-geral da Saúde para dar a conhecer “urgentemente, os seus Planos de Vacinação (se é que os tem) para as prisões”.