Rui Barreiro compreende o desgosto do universo leonino, após a derrota em Portimão, porém, lembra que, face a tudo o que se passou no final da última época e início desta, este é o chamado "ano zero" para o Sporting.
"Ninguém gosta de perder, muito menos contra o clube que estava em último lugar. Portanto, é óbvio que o universo sportinguista está desgostoso com o resultado. É preciso percebermos as circunstâncias em que nos encontramos, que são difíceis. Já desde o início da época eram difíceis. Felizmente, as coisas não nos têm corrido muito mal, em termos de resultados, mas ontem [domingo] não correram bem", assume o antigo membro do Conselho Leonino, em entrevista a Bola Branca.
"Não nos podemos esquecer que este é uma espécie de ano zero para o Sporting, em que as coisas têm de ser agora consolidadas e tem de se permitir que os profissionais trabalhem, só assim será possível nós voltarmos a estar mais competitivos", acrescenta o ex-conselheiro.
Falta de alternativas e um treinador valente
José Peseiro tem sido contestado, mas Rui Barreiro não acredita que a solução passe por despedir o técnico, cujo trabalho é "bastante ingrato".
"Acho que os sportinguistas, ao contrário das análises que tenho visto, deviam estar bastante gratos ao José Peseiro. Num momento de extrema dificuldade para o clube e em que dificilmente se conseguiria angariar um treinador da qualidade e currículo do José Peseiro, ele aceitou pegar no Sporting", argumenta o antigo conselheiro leonino.
Rui Barreiro recorda ainda que, na última época, o Sporting ganhou no terreno do Portimonense por 2-1, "com um super Bruno Fernandes".
Este ano, o médio "ainda não atingiu a sua plenitude" e, fazendo uma revista completa à equipa, são percetíveis "as dificuldades todas que o Sporting tem". Desde a defesa, órfã de Mathieu, ao ataque: "Temos o Montero e, depois, se compararmos com os nossos rivais, verificamos que as alternativas da linha da frente não são abundantes".