​Fósseis de dinossauros e tartarugas com 150 milhões de anos encontrados em Pombal
11-04-2017 - 17:40

Especialistas descobriram vértebras ainda por identificar que poderão pertencer a dinossáurios saurópodes.

Fósseis de dinossauros e de tartarugas que viveram há 150 milhões de anos foram descobertos em Pombal, anunciou esta terça-feira o Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC).

A paleontóloga do MUHNAC, Elisabete Malafaia, disse que durante a escavação no Monte Agudo, em Pombal, foram "encontrados elementos fossilizados de tartarugas e diversas vértebras ainda por identificar mas que poderão pertencer a dinossáurios saurópodes".

Os saurópodes eram dinossauros muito grandes e, apesar de serem conhecidos em vários locais da Bacia Lusitânica, bacia sedimentar que se localiza na margem ocidental da placa ibérica, ainda eram "relativamente escassos nos níveis do Jurássico Superior na região de Pombal", segundo a investigadora, citada num comunicado do MUHNAC.

Elisabete Malafaia acrescenta que "esta descoberta vem confirmar o elevado potencial paleontológico e interesse científico da região de Pombal para o conhecimento dos ecossistemas com dinossáurios em Portugal do final do Jurássico", apesar de ainda existirem muitas coisas por desvendar.

Este é um dos resultados da primeira parte de uma campanha de escavação feita por paleontólogos portugueses e espanhóis do MUHNAC e do Instituto Dom Luiz, da Universidade de Lisboa e do Grupo de Biologia Evolutiva, da Universidade Nacional de Educação à Distância de Madrid, com o apoio das autoridades locais.

A escavação em Monte Agudo decorreu entre 21 e 25 de Março com o objectivo de avaliar o potencial paleontológico do local, depois de os cientistas terem sido alertados há alguns meses pelo dono de um terreno da existência de ossos fossilizados no local.

De acordo com o comunicado, os fósseis vão "ser preparados e restaurados de forma a poderem integrar as colecções do MUHNAC".

Os trabalhos ainda não estão finalizados, no entanto já está planeada uma nova campanha de escavação para os próximos meses, refere ainda o MUHNAC.