A notícia das negociações entre David Neeleman e a Lufthansa, em parceria com a United Airlines, para a eventual aquisição da sua posição na transportadora foi avançada pelo Jornal de Negócios e já esta tarde, contactado pela Renascença, o presidente do Conselho de Administração da TAP, Miguel Frasquilho não quis pronunciar-se sobre o tema.
Sem surpresa reage Carlos Veiga Anjos, que já foi membro do Conselho Geral e de Supervisão, e coordenou, em tempos, a Comissão de Reestruturação da TAP. Carlos Veiga Anjos diz que os resultados da empresa são a prova de que Neeleman não terá sido o melhor parceiro.
Só que o problema pode não se resolver com novos acionistas. Por uma razão: o Estado tem uma posição maioritária na empresa, “mas não manda”.
“Esse mal-estar, entre o Governo e os acionistas privados, não sei se não será uma coisa que é capaz de continuar. Porque o Estado tem uma posição maioritária, mas não manda na empresa. Isso vai acontecer com estes acionistas privados e, eventualmente, com os outros acionistas privados”, refere.
Na opinião de Veiga Anjos, o Estado deve definir o que quer da TAP –- como acionista maioritário –- e, seja qual for o outro acionista, puxar dos seus galões quando for necessário. O problema, diz, é que o Estado nunca soube muito bem o que fazer da TAP.