Papa não quer “espectadores na missa” nem “um cristianismo sem Cristo”
03-02-2021 - 10:15
 • Aura Miguel

Catequese desta quarta-feira foi dedicada à importância da liturgia na vida do cristão. “Jesus Cristo não é uma ideia ou um sentimento, mas uma Pessoa viva”, afirmou Francisco.

Não basta um cristianismo intimista ou uma espiritualidade desvinculada, lembrou o Papa Francisco nesta quarta-feira. Para viver a fé cristã, "é fundamental a liturgia da Igreja”.

O Santo Padre dedicou a catequese desta quarta-feira à importância da liturgia na vida do cristão e destacou que “Jesus Cristo não é uma ideia ou um sentimento, mas uma Pessoa viva” e que “o seu Mistério é um evento histórico”.

Por isso, “a oração dos cristãos realiza-se através de mediações concretas: a Sagrada Escritura, os Sacramentos, os ritos litúrgicos.” E, para que não restem dúvidas, “a liturgia é ação que fundamenta toda a vivência cristã”.

“Por isso, um cristianismo sem liturgia é um cristianismo sem Cristo”, afirmou.

Francisco esclareceu ainda que “a missa não pode ser somente ‘ouvida’, como se fôssemos apenas espectadores de algo que decorre sem nos envolver. A missa é sempre celebrada, não apenas pelo sacerdote que a preside, como por todos os cristãos que a vivem. O centro é Cristo”.

1º Dia Internacional da Fraternidade Humana

No final da audiência geral, o Papa referiu-se ao encontro virtual que decorre na quinta-feira, para assinalar o 1º Dia Internacional da Fraternidade Humana, estabelecido pela ONU.

A iniciativa coincide com a assinatura, em 4 de fevereiro de 2019, do “Documento sobre a Fraternidade Humana em prol da Paz Mundial e da Convivência Comum”, em Abu Dhabi, feita pelo Papa Francisco e pelo Grande Imã de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayyeb.

No encontro online de amanhã, além dos dois signatários participam o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e outras personalidades.

Esta manhã, Francisco destacou ainda que a resolução da ONU que institui o Dia Internacional da Fraternidade Humana reconhece “a contribuição que o diálogo entre todos os grupos religiosos pode prestar para melhorar a consciência e a compreensão dos valores comuns partilhados por toda a humanidade”.

Neste contexto, o Papa pediu aos fiéis que rezem “por esta intenção” e que seja este “o nosso compromisso de todos os dias do ano”.