Trump volta a ameaçar Coreia do Norte: ​"Todas as opções estão em cima da mesa"
29-08-2017 - 14:08

Coreia do Norte diz que lançamento de míssil, que sobrevoou o território do Japão, é acto de "autodefesa".

Veja também:


O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou esta terça-feira que "todas as opções estão em cima da mesa" depois de a Coreia do Norte ter disparado um míssil balístico que sobrevoou o território do Japão.

Tais "acções ameaçadoras e desestabilizadoras" só aumentam o isolamento do regime de Pyongyang na região e em todo o mundo, afirma Trump num comunicado da Casa Branca.

O Presidente dos Estados Unidos afirma que as acções da Coreia do Norte mostram "desprezo pelos vizinhos" e que "todas as opções estão em cima da mesa" em relação à resposta norte-americana perante as manobras do regime liderado por Kim Jong-un.

A Coreia do Norte disparou esta terça-feira um míssil balístico que sobrevoou o Japão antes de cair no oceano Pacífico.

"Autodefesa", diz o Norte

Os norte-coreanos afirmam estar apenas a exercer o seu "direito à autodefesa” perante as "intenções hostis" mostradas pelos Estados Unidos, que participam em exercícios militares em conjunto com a Coreia do Sul – “achas para a fogueira", na visão de Pyongyang.

"O meu país tem todas as razões para responder com contramedidas firmes, exercendo o seu direito à autodefesa", disse esta terça-feira o embaixador da Coreia do Norte na ONU, Han Tae-Song.

Pyongyang "continuará a reforçar as suas capacidades de defesa com o poder nuclear enquanto os Estados Unidos mantiverem a sua ameaça nuclear e as manobras militares", continuou. "Os Estados Unidos devem ser responsabilizados pelas consequências catastróficas que daí decorrerão.”

ONU reúne-se de emergência

O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se de urgência a pedido de Washington e de Tóquio, tendo o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, chamado a atenção para uma "ameaça grave e sem precedentes".

No sábado, a Coreia do Norte disparou três mísseis de curto alcance no mar do Japão, quando milhares de soldados norte-americanos e da vizinha Coreia do Sul participavam em manobras, no âmbito de exercícios militares anuais, na Península Coreana.

Estes lançamentos ocorrem num contexto de tensão exacerbada entre Washington e Pyongyang.

No início de Agosto, em plena escalada de tensão com a Coreia do Norte, Trump ameaçou o regime norte-coreano com "fogo e fúria nunca vistos" e declarou que a opção militar estava pronta para ser accionada.

Na mesma altura, o líder norte-americano também assegurou que o arsenal nuclear dos Estados Unidos era "o mais poderoso e forte de sempre".

A Coreia do Sul lançou oito bombas, esta terça-feira de madrugada, horas depois de a Coreia do Norte ter lançado o míssil que sobrevoou o Japão. O exercício militar aconteceu no Norte do país, em Gangwon, uma região que faz fronteira com o vizinho do Norte.

[Notícia actualizada às 14h42 com a resposta da Coreia do Norte]