Marcelo defende educação “promotora de liberdade, mas também de igualdade”
10-06-2016 - 13:22

Presidente assina artigo com o título "Democracia, Hoje" publicado na revista "XXI" da Fundação Francisco Manuel dos Santos dedicado à Democracia.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu, num artigo publicado na revista "XXI", que os "consensos de regime" na educação são tão importantes como no sistema político e a segurança social.

Marcelo Rebelo de Sousa considera "incompreensível que, ainda mais do que as revitalizadoras reformas no sistema político ou o traçado do sistema financeiro ou a sustentabilidade realista da segurança social, a educação conheça dificuldades na construção de consensos de regime".

Não há "justificação plausível" para terem deixado de existir consensos em matéria educativa que houve no passado, dando os exemplos, "há vinte anos", da Lei de Bases do Sistema Educativo e na autonomia do Ensino Superior, escreve Marcelo num artigo com o título "Democracia, Hoje" publicado na revista "XXI" da Fundação Francisco Manuel dos Santos dedicado à Democracia, à venda a partir de hoje.

O chefe de Estado e ex-líder do PSD conclui que "mais e melhor Democracia requer mais e melhor Educação", afirmando ser esse "um dos desafios de efeitos mais duradouros" na Democracia portuguesa, "consensualizar uma Educação que seja promotora de liberdade, mas também de igualdade".

Ao longo de sete pontos, Marcelo Rebelo de Sousa teoriza sobre as definições e a qualidade da democracia e admite que a democracia "enfrenta novos desafios, a somar aos velhos", como a "indefinição na correlação de forças mundiais", o "agravamento de desigualdades universais e regionais, a permanência de manchas dramáticas de miséria, fome, pobreza, migrações forçadas e refugiados, a globalização financeira desacompanhada de mecanismos de governação económica".

O Presidente faz um "juízo indiscutivelmente positivo" de quatro décadas de Democracia em Portugal, desde o 25 de Abril de 1974, mas alerta que as novas gerações "podem ter reticências notórias para quem só tiver como horizonte de vida os anos 90 ou subsequentes".