Bruno de Carvalho ataca Sousa Cintra
23-07-2018 - 15:30

O presidente destituído do Sporting ataca a idoneidade do presidente interino da SAD, com insinuações sobre os negócios e dívidas de Sousa Cintra. Bruno também insinua que a Comissão de Gestão está a tentar perpetuar-se no poder.

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Bruno de Carvalho lança ataque cerrado a Sousa Cintra, presidente interino da SAD do Sporting, em entrevista a Bola Branca.

O presidente destituído do clube leonino garante que, quando entrou no Sporting, "tinha zero [euros] na conta" e que, quando Sousa Cintra assumiu o controlo, "tinha tanto dinheiro na conta que até tentou convencer uma das equipas técnicas mais caras do mundo para voltar ao Sporting, o que significa que se não pagou foi porque não quis".

Bruno considera que Sousa Cintra "está a passar a imagem de que é uma vergonha dever à Segurança Social e ao Fisco" e responde que o Sporting tinha de fazer o empréstimo obrigacionista, uma vez que a situação "era sólida e estável, mas necessitava de um reforço a nível de tesouraria".

Por outro lado, ataca a idoneidade de Sousa Cintra: "Foram feitas uma série de vendas que estão a ser transmitidas aos sportinguistas como vendas a pronto. Não percebo a atitude. Sousa Cintra é um homem puro e genuíno, e quando disse que era uma vergonha estava a referir-se aos negócios que tem, às cervejas Cintra, aos negócios de petróleo, porque realmente tem muitas dívidas que são conhecidas publicamente".

Debate com Sousa Cintra seria "interessante"

Questionado sobre se estaria disponível para um debate com Sousa Cintra, no futuro próximo, Bruno de Carvalho admite que seria algo muito "interessante e muito revelador para o desporto nacional".

Bruno considera que Sousa Cintra tem protagonizado "indelicadeza com comentários muito fora de propósito e muito popularuchos".

"Aceito, se fizerem esse repto, como ex-presidente debater com o ex-presidente Sousa Cintra. Para debater com o atual presidente da SAD Sousa Cintra, temos que ver quem é de facto o presidente da SAD", frisa.

Perpetuação no poder é acusação devolvida

Bruno admite que a suspensão preventiva de sócio, veto aos núcleos de o receberem e possível rejeição da assembleia geral extraordinária sejam tentativa da Comissão de Gestão de se perpetuar no poder.

"Não sei se não será uma estratégia da Comissão de Fiscalização e da Comissão de Gestão para se perpetuar estar a fazer tudo isto. Não me admira que estejam a tentar que a eleições não aconteçam, com estes atropelos sucessivos. Eles sabem que estão a atropelar a lei", remata.