Episódio caricato na Taça das Nações Africanas (CAN): o árbitro do Tunísia 0-1 Mali apitou para o final do jogo duas vezes antes da hora.
O primeiro apito final, aos 86 minutos, foi retificado logo de seguida, perante a indignação dos tunisinos e confusão geral dos intervenientes.
À segunda, porém, a decisão manteve-se. O zambiano Janny Sikazwe deu o apito final aos 89 minutos e 49 segundos, quando faltavam 11 segundos para os 90 e, apesar do "motim" do plantel e equipa técnica tunisinos no relvado, não voltou atrás na decisão.
O árbitro poderá ter registado mal o tempo no seu relógio e, como não há cronómetro no Estádio Limbe, nem nos ecrãs gigantes, não teria tido forma de saber que estava enganado.
Entre os 86 e 90 minutos, ainda houve mais alguma controvérsia. Ao minuto 87, o árbitro mostrou vermelho direto ao maliano El Bilal Touré. O videoárbitro pediu-lhe que fosse ver as imagens no relvado, mas o juiz manteve a expulsão.
Ainda antes do primeiro apito final, foram assinalados dois penáltis que geraram polémica, ambos por mão na bola. Ibrahima Koné converteu o do Mali, aos 48 minutos, apontando o único golo da partida. Wahbi Khazri falhou o da Tunísia, aos 77 minutos.
Mais de 20 minutos depois do segundo apito final do árbitro, a Confederação Africana de Futebol interrompeu a conferência de imprensa do selecionador do Mali para informar que o jogo seria reatado. Os malianos compareceram, já equipados, mas a Tunísia recusou participar e o jogo foi definitivamente terminado.
Fica agora a dúvida se o resultado mantém em 1-0 ou se se considera que a Tunísia desistiu, o que significaria uma derrota por 3-0.
Assim, o Mali, que teve Falaye Sacko, do Vitória de Guimarães, durante os quase 90 minutos, soma três pontos. A Tunísia começa a CAN a zero.