Germano Almeida e as eleições nos EUA
02-10-2020 - 21:26

O especialista em política norte-americana analisa as presidenciais de 3 de novembro e o futuro das relações Washington-Bruxelas.

O líder da maioria no senado dos Estados Unidos, Mitch McConnel, e outros republicanos de topo na hierarquia partidária repudiaram, há dias, a negativa do presidente Trump a comprometer-se com uma normal transferência de poderes.

A reiterada retórica do presidente republicano refere-se aos votos por correio, ao indicar que as eleições de 3 de novembro podem estar condicionadas pela defesa dos democratas do uso generalizado da opção por correspondência para eleitores que não queiram o risco de depositar o voto em mesas de voto potencialmente abarrotadas em tempo de pandemia.

Apesar de quatro anos de declarações incendiárias com os membros republicanos a recusar críticas, desta vez Mitch McConnel não deixou dúvidas no Twitter: “O vencedor das eleições de 3 de novembro tomará posse a 20 de janeiro. Haverá uma transição ordenada como a cada quatro anos desde 1792”.

Este é um dos exemplos de como “sendo recorrente afirmar-se que a próxima eleição presidente é a mais importante de sempre, mas esta é mesmo” na afirmação de Germano Almeida, no diário “Público”.

Estará quase tudo em jogo nestas presidenciais, desde a resistência do sistema eleitoral/judicial e até o futuro do sistema bi-partidário? Que influência terá o resultado das presidenciais nas relações dos Estados Unidos com a União Europeia? Com Trump reeleito vamos ter menos Estados Unidos na Europa e mais de divisão, confronto e distanciamento entre os europeus o contrário do interesse de um país atlantista como Portugal?

A análise é do ensaísta Germano Almeida, especialista de política norte-americana e autor de quatro livros sobre eleições históricas para a Casa Branca.

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus.