Sábado, 16 de janeiro de 2021


O mistério do céu tem um nome, é Amor. Só pode ser Amor.

Um tempo onde todos somos únicos, encontrados,
felizes, retemperados pelo Amor.

À medida que os anos passam vamos somando vidas no céu,
partidas, viagens, instantes.
Surpresas, dores, padecimentos, longos e breves.

E vamos enchendo o céu dos nossos.
Avós, pais, tios, amigos, pais e filhos de amigos.
Próximos, tornados próximos, pela partilha da dor ou da compaixão.

E consolamo-nos nesta incerteza do que encontraram,
do face a face Contigo, da possibilidade sonhada de reencontros e abraços.

À medida que os anos passam, os mistérios ganham a transparência da
água pura dos riachos, ganham o reflexo do cristalino, a suavidade rosada
do entardecer em dias de sol intenso.

À medida que os anos passam, conseguimos intuir, pressentir, quase
tactear o céu que tanto nos inquieta, nos apazigua, nos desola e consola.

O mistério do céu tem um nome, é Amor. Só pode ser Amor.
Um tempo onde todos somos únicos, encontrados, felizes,
retemperados pelo Amor.