Universidade de Évora cria cátedra “pioneira” em sustentabilidade demográfica e saúde
01-02-2022 - 13:26
 • Rosário Silva

A academia alentejana justifica esta aposta na investigação e formação, com o facto do Alentejo ser a região mais envelhecida de Portugal, com 25,6% da população a ter mais de 65 anos.

A Universidade de Évora (UÉ) lança esta quarta-feira, dia 2 de fevereiro, a Cátedra LifeSpan em sustentabilidade demográfica e saúde, numa parceria que junta também o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) e a Siemens Healthineers.

Contribuir para “o avanço do conhecimento científico, da inovação e da formação multidisciplinar associadas às áreas do envelhecimento e expansão de vida”, é o objetivo deste novo projeto considerado “pioneiro” e que vai ser coordenado pelo médico cardiologista do HESE, Lino Patrício.

“A reflexão sobre novos conceitos de saúde, socioeconómicos e até artísticos, para o século XXI, em que a população idosa será prevalente nas sociedades do futuro constitui-se como objetivo para os investigadores envolvidos nesta estrutura de investigação e de formação”, refere a nota da UÉ, enviada à Renascença.

Segundo a instituição, a Cátedra LifeSpan prevê a abertura de programas de doutoramentos e mestrados “em áreas de interceção entre a medicina, a saúde, o envelhecimento, a demografia, a economia, o direito e a ética”.

O lançamento acontece esta quarta-feira, no auditório do Colégio do Espírito Santo da UÉ e vai contar com a presença da reitora Ana Costa Freitas, de Ivan França, da Siemens Healthineers Portugal e também da diretora clínica do HESE, Isabel Pita.

Para marcar o arranque do projeto, vai ser também apresentada a edição portuguesa do programa de certificação internacional, Innovation Think Tank – Aging Challenges, prevista decorrer entre 28 de março e 7 de abril, em formato online e presencial, a partir de Évora.

Este programa de certificação internacional de inovação, pretende promover “a reflexão e a procura de soluções para diferentes desafios do setor da saúde”, através de métodos que estimulam “o pensamento crítico e inovador”.

Podem candidatar-se, a partir de 2 de fevereiro, investigadores, estudantes, membros do corpo docente universitário, consultores, profissionais da área da saúde e comunidade em geral, contando com um painel de especialistas nacionais e internacionais.

A academia justifica a aposta na investigação e formação na área da sustentabilidade demográfica e saúde, com o facto do Alentejo ser a região mais envelhecida de Portugal, com 25,6% da população a ter mais de 65 anos.