Contratos de associação
19-05-2016 - 18:10

A liberdade conquistada em Abril, não é privilégio de alguns. E se existe patamar em que a liberdade claramente se joga é na educação. Esquecê-lo faz mal à democracia…

A importância da educação é decisiva. Decisiva na vida de cada um, decisiva na estruturação de uma sociedade e na caracterização de um país. Só por esta razão se compreende que num país como o nosso, com graves problemas económicos e numa permanente luta pela sobrevivência, o Estado esteja a dar uma importância quase identitária à questão das escolas com contratos de associação.

De 5.200 escolas, de primeiro, segundo e terceiro ciclo, e que pertencem à rede pública, estão em causa, 79 escolas com contrato de associação. São poucas, são muitas? Depende de quem as defende e de quem as ataca.

Mas o essencial são as pessoas – para quem o Estado deve querer o melhor e a quem o Estado deve permitir escolher o melhor…

Esta perspectiva é essencial, quando se olha para o futuro de escolas com dezenas de anos de trabalho e excelentes resultados; quando se constata o seu papel fora das grandes cidades, em zonas do país que não podem ter um interesse menor.

Apenas mais um pormenor: algumas das escolas com Contrato de Associação têm na sua origem uma identidade religiosa. É um facto que a Igreja Católica serve, em tantas situações, os mais pobres; é um facto que muitas escolas católicas apresentam óptimos resultados; é um facto que populações de terras pequenas e esquecidas compreendem e, por isso, ousam levantar a voz e defender o privado e – escândalo para alguns - um privado católico.

A liberdade conquistada em Abril, não é privilégio de alguns. E se existe patamar em que a liberdade claramente se joga é na educação. Esquecê-lo faz mal à democracia...