Resíduos perigosos domésticos terão de ser separados a partir de 2025
22-03-2023 - 18:01
 • Cristina Nascimento , João Campelo (sonorização)

Portugal produz cerca de um milhão de toneladas de resíduos perigosos, a maioria de origem industrial. País é quase autónomo no tratamento destes materiais, tendo de exportar entre 2 a 5% do que produz.

A partir de 2025 vão mudar as regras para descartar resíduos perigosos domésticos, como por exemplo medicamentos, pilhas usadas, verniz de unhas, tintas ou lâmpadas fluorescentes. É o que prevê a legislação que vai entrar em vigor daqui a menos de dois anos, diz à Renascença Manuel Simões, diretor-geral da Ecodeal, empresa que gere o centro de tratamento de resíduos perigosos na Chamusca.

“Hoje em dia esses resíduos perigosos de origem doméstica ainda não são separados, sendo que existe uma legislação que vai obrigar que, a partir de janeiro de 2025 sejam criados pelos sistemas de recolha de resíduos urbanos um sistema que faça essa segregação desses resíduos perigosos”, diz.

Portugal começou a fazer tratamento de resíduos perigosos há cerca de 20 anos e neste período tornou-se praticamente autónomo. Segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente, anualmente é produzido cerca de um milhão de toneladas de resíduos perigosos, a maioria de origem industrial.

O presidente do Observatório Nacional dos CIRVER, os Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos perigosos, Luis Mesquitella assegura que Portugal é “praticamente autosuficiente”.

O tratamento de resíduos perigosos é o tema desta semana do podcast Compromisso Verde, uma parceria Renascença/Euranet Plus.