Marcelo convoca Conselho de Estado sobre "situação económica e social"
21-10-2022 - 18:01
 • Ricardo Vieira

Presidente da República marca reunião para 28 de outubro, no Palácio de Belém.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou esta sexta-feira a convocação de uma reunião do Conselho de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa vai reunir o órgão de consulta no próximo dia 28 de outubro, às 15h00, no Palácio de Belém.

O Conselho de Estado terá como "único ponto da ordem de trabalhos: Análise sobre a situação económica e social em Portugal", refere a Presidência da República, em comunicado.

Esta sexta-feira foi noticiado que, em oito meses, o preço do cabaz de alimentos aumentou em mais de 30 euros. As contas são feitas pela Deco.

A associação de defesa do consumidor tem controlado semanalmente o preço dos bens alimentares desde o início da guerra na Ucrânia.

As conclusões desta semana apontam para um preço médio de cabaz na ordem dos 214 euros, mais 16% do que em fevereiro.

“Os aumentos têm-se feito sentir em todas as categorias alimentares, e têm sido, sobretudo, a carne e o peixe os que mais têm visto os seus preços subir”, lê-se no site da Deco.

Questionado esta sexta-feira pelos jornalistas, o Presidente da República desdramatizou as notícias que dão conta de que há já supermercados a colocar alarmes em bens alimentares, mas alerta que a pobreza continua a ser “um problema de fundo” em Portugal.

“A generalidade dos portugueses, apesar da crise, da situação económica e social, e das medidas que vai sendo necessário tomar, e à medida que passe o tempo poderá ser necessário tomar mais medidas se a guerra se prolongar, a generalidade dos portugueses tem um comportamento cívico, apesar daquilo que sofre, verdadeiramente irrepreensível”, afirmou, aos jornalistas, à margem do XVI encontro anual do Conselho Superior da Magistratura, em Vila Nova de Gaia.

Apesar de tudo, o chefe de Estado lembra que a pobreza “é um problema de fundo” da sociedade portuguesa e avisa que, com ou sem guerra, é urgente que os números sobre a pobreza em Portugal reduzam num prazo de oito anos.