Montenegro com Rangel na campanha do PSD e apoio garantido a Rui Rio
13-05-2019 - 15:06
 • Hugo Monteiro , Marta Grosso

Desde janeiro que não se ouvia falar de Luís Montenegro. Depois de perdido o desafio à liderança do partido, o antigo líder parlamentar aparece para enterrar o machado de guerra.

Em tempo de eleições não há guerras internas. Luís Montenegro, o homem que desafiou a liderança de Rui Rio, esteve esta segunda-feira ao lado de Paulo Rangel no arranque da campanha para as europeias.

Na feira de Espinho, a primeira ação de campanha do dia, Montenegro que aproveitou para quebrar o silêncio que mantinha e garantiu que conta estar ao lado do líder social-democrata nas legislativas de outubro.

“Somos o partido em que verdadeiramente a democracia se exerce de forma mais viva no sistema partidário português”, defendeu aos jornalistas.

“Há muitos partidos que falam da democracia, mas dentro deles próprios toda a gente diz as mesmas coisas, parece que não há desacordo e quando há as pessoas saem do partido. No PSD não é isso que acontece”, concretizou.

Para já, defendeu, é preciso mostrar um cartão amarelo ao Governo, para em outubro termos um cartão vermelho, mudarmos de Governo e retomarmos um nível de crescimento sustentado que dê mais futuro às nossas populações”.

Luís Montenegro acusou PS, Bloco de Esquerda e Partido Comunista de serem responsáveis pela degradação dos serviços públicos.

“O Partido Socialista, o Dr. António Costa e os seus acólitos, Catarina e Jerónimo, são responsáveis pela maior machadada que os serviços públicos tiveram naquilo que é a sua capacidade de oferta e de acesso aos cidadãos. E, portanto, estas eleições são muito oportunas para verificar que a Europa, se mostrou alguma coisa ao Partido Socialista, foi o lado mau”, sustentou.

Na rua, Paulo Rangel agradeceu o apoio de Montenegro, que considerou uma demonstração de solidariedade normal no partido.

“No PSD sempre tivemos esta solidariedade, portanto, a coisa mais natural é que, vindo a Espinho, o Dr. Luís Montenegro estivesse connosco. Ele queria estar e eu queria convidá-lo, portanto, há aqui um compromisso bilateral nesse sentido”, afirmou aos jornalistas.

“O PSD está sempre unido nestes momentos importantes”, reforçou o cabeça-de-lista social-democrata às eleições europeias, que esta segunda-feira anda em campanha pelo distrito de Aveiro.