Ameaça de crise por causa do orçamento revela “cobardia óbvia” do PCP e BE
28-09-2020 - 10:55
 • Miguel Coelho , Cristina Nascimento

Comentadores da Renascença analisam também situação política dos Estados Unidos da América, país que pode estar à beira “de uma espécie de guerra civil”.

O comentador da Renascença Henrique Raposo considera que a ameaça de crise política por causa do Orçamento do Estado para 2021 revela “cobardia óbvia do PCP e Bloco de Esquerda”.

“Primeiro tivemos a fuga de Mário Centeno, o Ronaldo das Finanças, que fugiu quando mais precisávamos dele e agora temos a cobardia óbvia do PCP e do Bloco de Esquerda”, diz Henrique Raposo.

Também intensifica as críticas à esquerda, recordando que “formaram a geringonça enquanto foi fácil”, mas “agora que é preciso um acordo sério, temos uma crise gigantesca entre mãos, não fazem um esforço para chegar a acordo”, questiona.

Ainda assim, diz esperar que o Orçamento do Estado passe, porque espera “que a cobardia não possa ser a língua franca do nosso Parlamento”.

Já o escritor Jacinto Lucas Pires desvaloriza o catual clima político, considerando que “questão da crise é uma ameaça que está na mesa das negociações e apenas isso, faz parte do jogo negocial”. “Não é para nos assustarmos demasiado”, acrescenta.

“Seria incompreensível que tivesse havido um acordo antes e agora, numa altura em que a politica tem de estar à altura das circunstâncias, não houvesse”, diz também Lucas Pires.

EUA à beira da guerra civil?

Os comentadores da Renascença olharam ainda para a atualidade política dos Estados Unidos.

Henrique Raposo considera que o país pode estar à beira de uma “crise constitucional gigantesca”, uma vez que há uma pessoa na “Casa Branca que pode não ceder o poder, em caso de derrota”.

Raposo diz que os anos têm provado que “o impensável acontece” e que “a América entrar numa espécie de Guerra Civil começa a não ser de todo improvável”.

No mesmo tom, Jacinto Lucas Pires reconhece que “o divisionismo [nos Estados Unidos] atingiu um nível tal, que não é preciso ser escritor para acreditar na possibilidade desse cenário [de guerra civil]”.