​JMJ 2023 quer ser “a mais sustentável de sempre”
22-04-2022 - 15:54
 • Ângela Roque

Organização da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa divulgou carta-compromisso com objetivos ambientais. À Renascença Duarte Ricciardi, secretário executivo da JMJ, explica que da alimentação aos materiais usados, tudo está a ser pensado de forma a respeitar a "Casa Comum", como pede o Papa.

“Juntos por uma Jornada Mundial da Juventude mais sustentável”, é o objetivo geral definido na carta-compromisso divulgada esta sexta-feira pela organização da JMJ 2023.

O documento apela à “sobriedade” de todos e ao cuidado com o ambiente, respeitando os objetivos de desenvolvimento sustentável, quer os definidos pelo Vaticano - na encíclica ‘Laudato Si’, sobre a ecologia integral e o cuidado da Casa Comum -, quer os da Agenda 2030, das Nações Unidas.

Em declarações à Renascença, Duarte Ricciardi, secretário executivo da JMJ, diz que esta não é uma meta meramente teórica, e conta como tudo está a ser preparado para garantir que o evento que Lisboa vai acolher será “uma referência no compromisso da sustentabilidade”, e deixará um “legado positivo duradouro” no território e na comunidade, e em todos os que nele trabalham e venham a participar.

“O nosso objetivo é que isto não seja uma coisa teórica, mas que se aplique em todas as vertentes da preparação da JMJ. Temos grupos de trabalho, neste momento, a decorrer, que estão exatamente a olhar para os materiais, para os produtos consumíveis, para a alimentação, para que tudo seja pensado numa lógica sustentável, dentro do que for possível em termos económicos e do que existe, mas sempre com o objetivo de ser o mais sustentável possível”.

Duarte Ricciardi lembra que “isto parte do Papa, nomeadamente da encíclica ‘Laudato Si' e do cuidado com a Casa Comum, que queremos aplicar de forma prática na Jornada. A carta que divulgámos hoje é o princípio, ou a ferramenta que existe de compromisso, mas o que queremos é que, de facto, seja aplicado na prática”.

Sobre a atual fase de preparação das Jornadas, garante que “está tudo a correr bastante bem”, e que estão a trabalhar de forma muito próxima “tanto com as câmaras de Lisboa e de Loures, como com o próprio governo e também com os muitos parceiros privados e as muitas entidades envolvidas nesta preparação”.

“Já começaram parte das obras e as coisas estão a avançar, por isso estamos muito confiantes”, sublinha, revelando que o trabalho de preparação da JMJ envolve nesta altura centenas de voluntários.

“Temos à volta de 400, 500 pessoas a trabalhar no COL, o Comité Organizador Local. Nem todos com a mesma disponibilidade, temos voluntários a trabalhar em full-time, outros em part-time, o que vai desde um ou dois dias por semana a uma ou duas horas por mês, há um bocadinho de tudo”. Mas, o balanço é positivo e sente que há cada vez mais entusiamo em relação ao evento.

“À medida que nos aproximamos da data, e também agora que as medidas relacionadas com a COVID permitem mais encontros presenciais, o entusiasmo é cada vez maior. Começamos a ver já muitas coisas a materializarem-se”. Por isso, não duvida: “isto agora vai ser em crescendo até agosto de 2023!”.