​Saúde em Lisboa. Ministro chama de emergência administradores hospitalares
06-12-2022 - 11:37
 • Anabela Góis

Encontro acontece numa altura de pressão em vários serviços de urgência. Há unidades que fecharam, outras que pediram para não receber mais doentes e outras com elevados tempos de espera.

O ministro da saúde esteve reunido, esta terça-feira de manhã, com o presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e com os administradores dos maiores hospitais da região.

Ao que a Renascença apurou junto de fonte ministerial, o encontro teve por objetivo discutir a atual situação, numa altura em que várias unidades estão sob forte pressão com afluência acima da média e longos tempos de espera, bem como fazer um balanço do plano de outono/inverno atualmente em vigor.

Na segunda-feira, o ministro da Saúde rejeitou um cenário de caos nas urgências hospitalares da Grande Lisboa, mas reconheceu “grandes dificuldades”, por exemplo, no Hospital da Santa Maria.

Já a urgência pediátrica do Hospital de Setúbal, outro exemplo, fechou esta terça-feira durante uma semana, devido à falta de médicos. Quanto ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, pede para não receber mais doentes.

O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) acusa o Governo de inércia, lembrando que o cenário é recorrente e que não ficou resolvido nem com a disponibilidade dos médicos em cancelar férias de Natal.

Contactado pela Renascença, o presidente da ARS Lisboa não quis prestar esclarecimentos sobre o resultado do encontro, remetendo quaisquer informações para o ministro da Saúde.