Ataque nos EUA. Sobe número de feridos, polícia admite radicalização de atacantes
03-12-2015 - 18:44

Estão ainda por apurar as motivações do casal que matou 14 pessoas. Tinham um arsenal no carro e em casa, incluindo várias bombas, centenas de munições e várias armas.

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A polícia de San Bernardino, no sul da Califórnia, actualizou para 21 o número de feridos do ataque contra o Inland Regional Center. O número de mortos (14) mantém-se.

Do total dos feridos, 10 continuam hospitalizados, dois deles em estado grave.

O chefe da polícia Jarrod Burguan admite que, pelo menos, um dos dois atacantes abatidos (Syed Rizwan Farook e Tashfeen Malik) se tenha radicalizado na Arábia Saudita e Paquistão.

Farook, nascido no Illinois, filho de pais paquistaneses, trabalhava no local onde se deu o ataque e estava na festa de Natal da empresa, antes de sair e regressar acompanhado pela mulher, fortemente armado. Até ao ataque de ontem não o suspeito não tinha registo criminal.

O responsável da polícia local disse, em conferência de imprensa, que o casal efectuou entre 65 a 75 disparos no interior do edifício, que ambos envergavam equipamento táctico e tinham elevado número de munições e armas dentro do carro em que fugiram. Os dois acabaram por ser abatidos pela polícia. Tinham na sua posse três engenhos explosivos, que acabaram por não deflagrar.

Em casa dos dois atacantes foi descoberto um vasto arsenal militar, incluindo 12 bombas.

A polícia confirmou ainda que as armas utilizadas no ataque eram legais.

Obama renova apelo

Já esta tarde, o Presidente norte-americano voltou a apelar para a necessidade de um controlo reforçado na venda de armamento de forma a evitar ataques como o de ontem, que são recorrentes nos Estados Unidos.

“Todos temos um papel a desempenhar. E penso que, enquanto a investigação se desenrola, será importante para todos nós, incluindo os legisladores, ver o que poderemos fazer para garantir que indivíduos tencionam fazer mal a alguém lhes dificultamos a vida porque agora é demasiado fácil. Não é tornar impossível, mas dificultar o acesso das pessoas a armamento”, disse Barack Obama.

A polícia e o FBI continuam a investigar e da casa dos suspeitos levaram computadores e telemóveis em busca de ligações a grupos terroristas.