A espera
21-11-2021 - 00:20

Luís Miguel Ribeiro, João Cerejeira e Nuno Botelho na análise da atualidade

O país vive uma crise política misturada com a turbulência económica que resulta da pandemia e ainda parece ser opinião maioritária entre os agentes económicos de que o compasso de espera até às eleições do final de janeiro, por si só, não trará consequências particularmente negativas.

Mas o pior dos cenários no pós-eleições é o de manter-se o disparo da inflação na zona euro – apesar de Portugal ser um dos poucos países em que a taxa de inflação harmonizada homóloga ainda está abaixo de 2%, quando a média europeia já é de 4,1% - a que se somam perturbações nas cadeias logísticas, nas matérias-primas e a significativa subida do preço dos combustíveis e da energia.

Mais: neste final de ano pondera-se ainda o receio de novas medidas restritivas face à pandemia e o fim das moratórias de impostos e de créditos com consequências na vida de famílias e empresas.

O grande amortecedor da economia portuguesa tem sido o BCE? É este o momento para aumentar o salário mínimo depois do governo ter proposto um aumento de 40 euros? Como fica a vida de muitas empresas a contas com vários aumentos (energia, combustíveis, logística, etc)? E como fica o salário médio que subiu 12,6% em seis anos contra os 31,7% do SMN por decreto governamental?

Questões para a análise de Nuno Botelho, líder da ACP – Associação Comercial do Porto, Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP – Associação Empresarial de Portugal e João Cerejeira, professor da Universidade do Minho.