Adriano Quintanilha, patrão da W52-FC Porto, confirma à Renascença que a equipa vai estar presente na 83.ª edição da Volta a Portugal, mesmo que seja com outros ciclistas.
Apesar da suspensão de oito ciclistas e dois elementos do "staff", que deixou a equipa com apenas José Neves na última etapa do GP Douro, Adriano Quintanilha garante que não há qualquer castigo sobre a equipa.
"Estamos a preparar a equipa para ir à Volta a Portugal. Vamos analisar o que é que vai dar. Temos as providências cautelares, que, em princípio, vão entrar hoje ou na segunda-feira. Vamos esperar por resultados, não posso adiantar muito mais. Estaremos na Volta de certeza, a equipa não tem absolutamente nada, não está suspensa e vai arranjar formas de estar na Volta a Portugal", disse, a Bola Branca.
Quintanilha garante que existe a possibilidade de ir com outros ciclistas à Volta a Portugal e está já em contactos para esse feito: "Em princípio poderá ser uma solução. Tem que haver contactos para estar a dizer que temos soluções. Estou atento e tenho alternativas".
"O que lhe posso dizer é que eles vieram ontem de Madrid e vão agora para a Serra da Estrela continuar o estágio. Hoje estão a treinar aqui em Paredes e vão seguir na segunda-feira para o estágio. Estamos a preparar a equipa para ir para a Volta", disse.
Em Portugal ou Espanha, W52 não larga o FC Porto
O patrão da equipa, que se juntou ao FC Porto em 2015, garante que a W52 não larga o clube e que, caso sejam impedidos de competir em Portugal, a equipa vai para Espanha.
"Se sairmos, saímos juntos. Se não nos quiserem em Portugal, temos que ir para Espanha, não tem problema. Sempre com o FC Porto, começou com o Porto e terá de terminar com o Porto", disse.
O dirigente garante que tem total apoio da direção portista: "O senhor Pinto da Costa está descansado, a tratar do futebol e confia na minha pessoa plenamente".
No final de abril, 10 corredores da W52-FC Porto foram constituídos arguidos e o diretor desportivo da equipa, Nuno Ribeiro, foi mesmo detido, assim como o seu adjunto, José Rodrigues, no decurso da operação.
A Ribeiro e Rodrigues foram então impostas as medidas de coação de proibição do exercício de funções como diretor desportivo e a obrigação de apresentações semanais às autoridades policiais, além da proibição de contactar os restantes arguidos.
A estrutura W52, ligada ao FC Porto há seis épocas, venceu as últimas nove edições da Volta a Portugal, mas os triunfos do seu corredor espanhol Raúl Alarcón, em 2017 e 2018, foram-lhe retirados também por "uso de métodos e/ou substâncias proibidas".
A 83.ª edição da Volta a Portugal é apresentada esta sexta-feira. A prova vai para a estrada entre os dias 4 e 15 de agosto, arranca com um prólogo em Lisboa, conta uma passagem por Espanha, em Badajoz, e termina com um contrarrelógio entre Porto e Vila Nova de Gaia.