Portugal pode fazer muito melhor na defesa do lado certo da História, é uma das teses de Bernardo Pires de Lima no livro ‘Portugal na Era dos Homens Fortes’, edição Tinta-da-China.
O ensaísta discorre sobre democracia e autoritarismo em tempos de Covid19. No plano internacional – sim, “porque toda a política é internacional” - o autor reflete sobre tempos de ansiedade provocados pela pandemia, ou antes por desafios como o Brexit, mas também pela “testosterona política” a invadir o palco, na sequência das vitórias dos “homens fortes”. Desde logo, Trump, Xi ou Putin, mas também Bolsonaro, Maduro, Orbán, Kaczynski, Erdogan, Salvini e muitos outros.
Com este pano de fundo, Bernardo Pires de Lima recusa a ideia de crescente declínio das democracias liberais e de ascensão dos nacionalismos e populismos. O autor defende ainda um posicionamento para Portugal que "maximize os seus atributos de pequeno Estado" nas suas redes de alinhamentos externos.
No Decidir Europa, Pires de Lima avalia em que medida e até onde a União Europeia pode ajudar a combater populismos e as ondas de choque geradas a partir das democracias iliberais ajudando os países - e 500 milhões de pessoas - a sair da crise.
Em paralelo com o desenho de soluções económicas, logísticas e políticas de curto prazo, o ensaísta também cuida neste diálogo do património comum que as nações estão dispostas a preservar e transformar na arquitectura institucional fundada no pós-guerra para enfrentar a próxima etapa da globalização. Uma etapa distinta, seguramente diferente e marcada pelo pós-Covid19.
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