O ministro dos Negócios Estrangeiros condena a atuação da Rússia, que diz violar da lei internacional.

“Estamos perante uma evidente agressão militar da Rússia à Ucrânia, uma violação grosseira, absoluta da lei internacional, da Carta das Nações Unidas, dos princípios básicos que regulam a coexistência pacífica entre as nações”, afirma Augusto Santos Silva à Renascença.

“Portanto, é um dia de condenação absoluta desta ação militar russa. Faço minhas as palavras do secretário-geral das Nações Unidas: a Rússia tem de fazer recuar as suas tropas para o seu território e cessar de imediato esta agressão”, destaca.

Neste dia em que Moscovo invadiu a Ucrânia, como ameaçava, Santos Silva expressa “solidariedade total à Ucrânia, ao povo e às autoridades”.

Nestas declarações à Renascença, o chefe da diplomacia portuguesa adianta que o primeiro-ministro, António Costa, marcou uma reunião para esta quinta-feira de manhã, pelas 9h00, entre os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa.

“É uma reunião na residência oficial do primeiro-ministro para que nós, que temos responsabilidades diretas, quer na política externa quer na política de defesa e segurança e na sua dimensão operacional, possamos fazer também em conjunto uma avaliação da situação, das suas consequências e também uma concertação sobre as posições que estamos a defender nas diferentes estruturas internacionais em que participamos, através dos nossos embaixadores e outros representantes”, explica.

O Presidente da República também já condenou a invasão russa, que ocorreu nesta quinta-feira de madrugada, pelas 3h00 (hora de Lisboa).

Em declarações à Renascença, Marcelo Rebelo de Sousa “condena veementemente a atuação da Federação Russa pela violação ostensiva do Direito Internacional”.

Kiev já declarou Lei Marcial e encerrou espaço aéreo. Pede à população que não entre em pânico.