Estamos a viver o oitavário de oração pela unidade dos cristãos. Jesus rezou ao Pai «para que todos sejam um, como nós somos um». Não «um», no sentido da uniformidade, mas no sentido do amor que separa, e é assim que todos somos diferentes, mas também une e reúne, e é assim que não somos indiferentes e muito menos inimigos. É assim que nascem comunidades de irmãos, cada um contribuindo com os dons que Deus lhe deu para proveito de todos. Já sabemos que a história do cristianismo regista dolorosas divisões, que permanecem como mais uma chaga aberta no Corpo de Cristo. Mas estes oito dias, que estamos a viver e se prolongam até ao próximo dia vinte e cinco, servem para que os cristãos se reúnam e rezem ao mesmo Deus e Pai, que quer ver todos os seus filhos, não divididos, mas unidos e reunidos à volta da sua mesa. E neste tempo de acelerada pandemia, os nossos esforços devem ser redobrados, para que o grande amor com que Deus nos ama nos encha de paz e de esperança, e nos torne mais atentos e atenciosos para com todos, para que ninguém fique para trás, preso nas malhas do abandono e da solidão. Nós acreditamos no amor.
Pai Nosso, ensina-nos a ser teus filhos e verdadeiramente irmãos.