Fernando Santos. “A convição é a mesma, senão íamos já para casa”
24-06-2021 - 20:08
 • Renascença

Técnico luso já olhou para a Bélgica, próximo adversário no domingo: “tem pontos que podemos explorar”, mas também “várias forças”.

O selecionador português mantém a convicção de que Portugal pode ser campeão no Euro 2020. Fernando Santos falou aos jornalistas após o treino desta quinta-feira em Budapeste.

“Mantenho a mesma convicção, se não levava as malas para Sevilha e se as coisas não corressem bem depois seguia para casa. Espero ir para casa daqui a algum tempo”, referiu.

Nos oitavos de final da prova, a equipa das quinas vai defrontar a Bélgica. Fernando Santos confirmou que o adversário “tem pontos que podemos explorar”, mas também “várias forças”. O técnico nacional deixa uma primeira radiografia dos “diabos vermelhos”, próximo adversário de Portugal no domingo.

“Jogam juntos há muito tempo, tudo flui muito natural, desenvolvem movimentos de definição final, o momento certo. Sabem quem sai bem para a direita ou esquerda, às vezes sai-lhes sem pensar. Quando as equipas não têm isso há mais problemas de definição; depois a forma como podem jogar, 3-4-3 ou a jogar com 5 no ataque, ou 3-4-1-2, com De Bruyne ou Hazard sozinhos. É uma equipa que gosta de sair a jogar, não parecendo é equipa que procura atacar a profundidade com Lukaku ou Meunier. Com Hazard procura espaço, ou Mertens. Mas o jogo com a Dinamarca mostrou algumas fragilidades.”

Depois da fase de grupos, a partir de agora “entramos numa fase de mata-mata, embora não goste muito da expressão. Mas é isso mesmo. Isto agora é só finais, e não se jogam, ganham-se”.

Ao contrário de 2016, desta vez, Portugal calhou no lado teoricamente mais forte. Fernando Santos desvaloriza: "Quero é defrontar as seleções mais fortes e não as mais fracas", lembrando que "é muito difícil alguém ganhar a Portugal."

Em relação às críticas, sobre forma de jogar e opções, o técnico luso respondeu: "Sou muito medroso? Ganhei o Europeu e a Liga das Nações. Eu perco e ganho pela minha cabeça. Se eu montar a equipa com os jogadores que as pessoas acham que eu devia colocar e sofresse quatro golos da Alemanha o que diriam? Eu tenho de morrer com as minhas ideias, não com as dos outros. Tenho 66 anos e as críticas não me fazem mossa, nunca fizeram".