O Comité Olímpico Internacional (COI) só poderá "cumprir a sua missão" de garantir a participação de todos os atletas nos Jogos Olímpicos se estes forem forem "politicamente neutros" e não se tornarem "um instrumento para atingir objetivos políticos".
As declarações foram feitas pelo presidente da organização, Thomas Bach, na véspera da abertura de Pequim, depois de os Estados Unidos terem apelado a um boicote diplomático aos Jogos de Inverno, em defesa dos direitos humanos que não respeitados pela China.“Hoje podemos estar felizes e orgulhosos de que a nossa mensagem parece ter sido transmitida. Todos os atletas, que há tanto tempo têm vindo a superar grandes incertezas, podem realizar o seu sonho e competir nos Jogos de Pequim 2022”, disse Bach.
O líder do COI, que se referiu à assinatura da resolução da ONU a favor da trégua olímpica, “por consenso de todos os 193 estados-membros”, disse que embora “o desporto por si só não possa criar paz”, “palavras e símbolos que mostram como o mundo pode ser, se todos respeitarmos as mesmas regras e uns aos outros”, são também importantes.
“Os Jogos são este símbolo de paz e unidade, mostrando-nos o caminho para um futuro melhor e mais pacífico”, disse.
“É por isso que apelamos a todos os líderes políticos do mundo a respeitarem o seu compromisso com a Trégua Olímpica, para que estes Jogos Olímpicos de Inverno se tornem este símbolo precioso de paz e unidade”.
Bach recordou que os Jogos Olímpicos “farão de novo história” esta sexta-feira: “Pequim tornar-se-á oficialmente a primeira cidade da história a acolher as edições de Verão e de Inverno dos Jogos Olímpicos”.
Os Jogos Olímpicos de Inverno decorrem na China, entre 4 e 20 de fevereiro. A missão portuguesa com a participação de três atletas.