Zelenskiy. Atraso no envio de armas “dá permissão à Rússia para matar ucranianos”
18-04-2022 - 06:55
 • Renascença com agências

O chefe de Estado ucraniano disse ter ficado desiludido com alguns países, mas admitiu continuar a acreditar na vitoria da Ucrânia.

Na habitual mensagem da noite, Volodimir Zelenskiy revelou que a população ucraniana está a ser retirada das áreas mais atingidas pela guerra. O Presidente garantiu também que todos os deslocados vão receber ajuda financeira.

As pessoas estão a ser retiradas das zonas atingidas pela guerra e o Governo providencia locais para alojamento temporário e ajudas especiais”, começou por dizer o líder ucraniano, acrescentando: “Todas os deslocados podem receber assistência financeira para poderem viver e podem candidatar-se a este apoio já a partir de quarta-feira”.

Já em entrevista à CNN Internacional, o chefe de Estado ucraniano disse ter ficado desiludido com alguns países, mas admitiu continuar a acreditar na vitoria da Ucrânia.

Pediu aos líderes políticos internacionais mais ajuda. “Se se são nossos amigos ou parceiros deem-nos armas, deem-nos apoio, deem-nos dinheiro. Parem a Rússia. Vocês podem fazer isso.”

Segundo Zelenskiy, o atraso no envio de armas “dá permissão à Rússia para matar ucranianos”.

Nestas declarações, o Presidente onde garantiu ser essencial manter a região de Donbass, sobretudo por uma questão de segurança e soberania nacional.

“A Ucrânia e o seu povo são claros. Não temos qualquer reivindicação sobre o território de mais ninguém, mas não vamos abdicar do nosso”, disse.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados das Nações Unidas, que alertam para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.