Chanel vai deixar de usar peles de animais exóticos
05-12-2018 - 08:02

Decisão surge depois de outros gigantes da moda, como Gucci, Versace e Giorgio Armani terem tomado medidas semelhantes. “2018 é o ano de os designers saírem da idade da pedra”, escreve a PETA.

A Chanel decidiu banir das suas coleções o uso de pelo e de peles de animais exóticos. A marca francesa de luxo quer ser mais sustentável a nível ambiental e assume que não é possível obter estes produtos através de meios que cumpram os princípios da empresa.

Assim, a marca vai parar de produzir roupas e acessórios com recurso a pelo de animal – material que a empresa já usa muito pouco, segundo o seu presidente - tal como a peles de animais como crocodilo, lagarto, cobra e raia.

A PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), uma organização não governamental que defende os direitos dos animais, afirma, na sua página de Instagram, que esta medida surge após “décadas de pressão” à marca. “2018 é o ano de os designers saírem da idade da pedra”, escreve a ONG.

A decisão é tomada depois de outras gigantes da moda, como Gucci, Versace, Burberry, Giorgio Armani, Jean-Paul Gautier e terem tomado medidas semelhantes. Outras marcas, como Ralph Lauren, Tommy Hilfiger e Vivienne Westwood, têm esta política há mais de 10 anos. Calvin Klein deixou de usar pele de animal nas suas criações em 1994.

As malas da Chanel feitas de pele de cobras píton foram retiradas do “site” da marca esta terça-feira, mas Bruno Pavlovksy, presidente da marca, adiantou à Women’s Wear Daily que vai demorar algum tempo até os produtos existentes saírem das lojas.