Ucrânia. Kiev diz que a reconquista de Izium "está em curso"
11-09-2022 - 15:13
 • Lusa

O Exército ucraniano já havia anunciado que as suas tropas haviam entrado em Kupyansk.

As forças ucranianas estão a recuperar o controlo de cidades e vilas ao redor da cidade estratégica de Izium na sua contra-ofensiva no leste da Ucrânia contra as forças russas, anunciou hoje o Governo ucraniano.

"A libertação de partes do território nos distritos de Kupiansk e Izium, na região de Kharkiv, está em curso", anunciou o Estado-Maior ucraniano no 200.º dia do conflito.

Kiev já havia anunciado que as suas tropas haviam entrado em Kupyansk.

No início de setembro, o Exército ucraniano anunciou, pela primeira vez, uma contraofensiva no sul, antes de realizar durante a semana passada um avanço surpreendente contra as linhas russas no nordeste, na região de Kharkiv.

Depois de anunciar a libertação de cerca de 30 localidades na sexta-feira, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse no sábado que o Exército ucraniano tomou cerca de "2.000 quilómetros de território" em setembro.

Hoje, ao realizar o ponto de situação, o Exército esclareceu que eram cerca de 2.000 quilómetros quadrados de território, recuperados das forças russas nos últimos dias.

A Rússia anunciou no sábado que havia "retirado" as suas forças presentes "nas regiões de Balakliia e Izium", a fim de "fortalecer" o seu sistema em torno de Donetsk, mais ao sul, uma das capitais dos separatistas pró-russos.

A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.