Luís Montenegro formalizou esta tarde em Lisboa a sua candidatura à liderança do PSD, traçando desde já um ambicioso objetivo: quer ganhar as próximas eleições autárquicas em 2021, a começar pela Câmara Municipal de Lisboa.
“Quero um partido a ganhar as próximas eleições autárquicas”, disse Montenegro, “neste novo ciclo que se vai abrir temos de procurar voltar a liderar no poder local. Vamos lutar para ganhar a maioria das câmaras em Portugal, a começar na Câmara Municipal de Lisboa.”
“Sei bem o que quero para voltarmos a vencer em Lisboa. Uma vez eleito, em articulação com as distritais e concelhias do PSD, as eleições autárquicas serão uma das minhas prioridades. Quero um partido a ganhar as próximas eleições autárquicas.”
Uma fasquia elevada, mas que será prioridade do candidato a líder do Partido Social-Democrata, que anuncia que será ele próprio, se ganhar as eleições internas, o coordenador autárquico do partido.
Luís Montenegro quis também marcar neste discurso aos militantes uma das diferenças que quer para o PSD: a política fiscal será prioridade e a ideia já está definida: “Uma das primeiras propostas que apresentarei será a de redução dos impostos sobre o trabalho e de simplificação do regime do IVA. Será uma proposta de redução gradual e faseada ao nível do IRS e do IRC e será uma proposta de fusão da taxa média e máxima do IVA, numa só taxa que estimo não seja superior a 20%.”
IRS E IRC mais baixos, redução faseada e gradual e convergência das taxas média e máxima do IVA para 20%.
Montenegro fez um discurso de 40 minutos, escutado por cerca de 300 militantes num espaço de “Co-working” junto ao Tejo. O candidato garante que vem para devolver o "D" ao PSD: “Devolver o D ao PSD, porque nós não somos outro PS, outro Partido Socialista. O País já tem PS a mais, e o Estado já tem PS a mais, e o país empobrece por ter PS a mais e PSD a menos.”
“Este D que queremos devolver ao PSD é um D de Democracia, de Diferença, de Dignidade, de Determinação, de Desenvolvimento, de Dinamismo e de Disrupção”, diz.
O PSD tem de ganhar eleições, ser maior e nunca bengala do PS, diz Luís Montenegro, que garante desde já que não aprova orçamentos nem faz acordos com um PS que escolheu os seus parceiros à esquerda.