Pinto da Costa, presidente do FC Porto, foi constituído arguido no processo da queixa do Benfica por divulgação de e-mails do clube encarnado.
A Renascença apurou que o presidente do FC Porto, três diretores executivos da SAD portista, Adelino Caldeira, Fernando Gomes e Reinaldo Teles, bem como dois diretores não executivos, Rui Vieira de Sá e José Américo Amorim são suspeitos do crime de ofensa a pessoa coletiva.
A estes arguidos soma-se o nome de Diogo Faria, que para além do crime de ofensa, está ainda indiciado pela prática do crime de violação de correspondência. Diogo Faria é co-autor do livro "Polvo Encarnado", que escreveu juntamente com Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto e que também já tinha sido constituído arguido neste processo.
Em comunicado, o FC Porto confirmou as informações avançadas pela Renascença e frisou que a ninguém do clube foi "imputada a suspeita de roubo dos e-mails do Benfica, ou de acesso ilegítimo à correspondência eletrónica" e que "nada tem a ver com o processo dos e-mails, em que se investigam, entre outros, crimes de corrupção".
Pinto da Costa foi ouvido esta sexta-feira nas instalações do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) de Lisboa, no âmbito do "caso dos e-mails". O máximo dirigente portista não prestou declarações aos jornalistas à chegada, por volta das 10h30, e deixou o DCIAP cerca de 45 minutos depois, também sem falar.
O Ministério Público confirma que constituiu sete arguidos no processo que teve origem numa queixa do Benfica.
"No âmbito de inquérito que teve origem numa queixa apresentada pelo Sport Lisboa e Benfica, foram, hoje, constituídos e interrogados sete arguidos. Estes arguidos encontram-se indiciados pela prática do crime de ofensa a pessoa coletiva, estando, ainda, um deles indiciado pela prática crime de violação de correspondência", indica uma nota publicada na página do DCIAP, sem mencionar o nome dos arguidos.
O DCIAP esclarece ainda que este inquérito "é distinto do designado 'caso dos e-mails', no qual se investigam crimes de corrupção e, como já foi tornado público, tem um arguido constituído".
A nota esclarece ainda que as diligências de hoje tiveram lugar no DCIAP, por se realizarem no âmbito de um inquérito que está atribuído à equipa que coordena as investigações relacionadas com crimes praticados no âmbito da atividade de competição desportiva de futebol e de crimes com aqueles conexos.
"Como foi oportunamente informado, tal equipa foi constituída, por despacho da Procuradora-Geral da República, para que a investigação desses crimes se desenvolvesse com conhecimento global do fenómeno, de forma concentrada, integrada e coordenada, competindo-lhe decidir quais as investigações que lhe ficam afetas e quais as que devem ser investigadas noutros departamentos do Ministério Público", acrescenta o DCIAP.
[atualizado às 22h20 - Comunicado do FC Porto]