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O primeiro-ministro confirmou, em entrevista à Renascença, que Mário Centeno foi sondado para avançar com uma candidatura ao Eurogrupo, mas vai permanecer no Governo porque "nesta fase" é mais "útil".
"Numa fase em que Portugal ainda tem vários dossiês a negociar com o Eurogrupo, não é para nós uma prioridade", afirmou. "Quem tem a presidência tem uma limitação acrescida ou deveria ter - não é o caso do senhor que actualmente [Jeroen Dijsselbloem] ainda exerce essas funções e que se mostrou manifestamente incapaz de o fazer porque tem que ser um factor de unidade entre todos."
Centeno "seria certamente um excelente presidente do Eurogrupo", mas o primeiro-ministro está muito satisfeito com a sua performance enquanto ministro das Finanças. "Há mais marés que marinheiros", disse ainda.
O convite é "prestigiante para o doutor Mário Centeno e também para o país". O primeiro-ministro só não revela quem o fez. Wolfgang Schäuble? "Não", respondeu, a rir-se.
O discurso de António Costa em entrevista à Renascença está em linha com o do Presidente da República. No sábado, o Presidente da República desejou que o ministro das Finanças permaneça no cargo e não opte por ir presidir ao Eurogrupo.
"Acho que seria uma má solução para Portugal, porque o ministro das Finanças faz falta em Portugal, com o devido respeito que há pela presidência do Eurogrupo", disse Marcelo Rebelo de Sousa.