O documento pedido por António Costa, primeiro-ministro, a António Costa Silva, gestor e consultor, Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica e Social de Portugal 2020-2030, tem já uma versão preliminar para a retoma da economia portuguesa no pós-Covid19.
O programa de recuperação solicitado por António Costa ao gestor da Partex é a base de trabalho do governo para o período de resgate da economia, designado por day after e que deverá contar com 26 mil milhões de euros de Bruxelas.
No “plano Costa Silva” o gestor alerta para o que aí vem “ainda será pior” calculando que “o país pode vir a enfrentar uma das piores crises de sempre: "a queda do PIB em 2020 acima dos 12%", quase o dobro das previsões do novo ministro João Leão e inscritas no Orçamento Suplementar.
António Costa Silva deixa ainda um aviso com sentido de urgência ao governo: “a partir de setembro 2020 a situação de muitas empresas pode deteriorar-se e é fundamental existir no terreno um programa agressivo para evitar o colapso de empresas rentáveis, que são essenciais para o futuro da economia portuguesa”.
No documento a sugerir a rápida ‘electrificação’ descarbonizando a economia, “acabar com as isenções ao consumo de petróleo e transição energética a favor das renováveis”, também são elencados "os constrangimentos marcantes da economia portuguesa": dívida pública elevada, fiscalidade desadequada e, entre outras, capacidade industrial inadequada.
O documento preliminar já foi debatido na quinta-feira e os vários ministros vão acrescentar propostas setoriais. A redação final será apresentada no final de julho e vai balizar o documento que António Costa irá entregar em outubro em Bruxelas. Encerra-se assim o primeiro ciclo de ideias de Costa a Costa.
A análise ao draft de Costa Silva é de Nuno Botelho, presidente da ACP – Câmara de Comércio e Indústria do Porto , João Matos Loureiro, professor de economia na Universidade do Porto e Pedro Braz Teixeira, diretor do Forum para a Competitividade .